segunda-feira, 27 de julho de 2015

INCIDENTAL


Um pensamento último antediz o silêncio
Antedizendo os tempos longos, densos, pesados

A morte morre sempre lentamente e a ausência nunca é só

Sobrevivem viventes memórias num pesar perseverante
Avivando num olhar doído a dor d´esvaído olhar

Subsistem instantes supostamente decaídos 
Infindavelmente revividos em dividido tempo

A inexistência é       súbita
Numa pluralidade d´ausências, subitamente é     presencial

Na irrevogável privação da imortalidade 
No interior de um tempo irreversível 
Na tessitura de sobrevir sem sentido
Se reescreve, póstuma
A desavença da incidental sobrevivência