Feéricos fumos formam fulgentes formas
E os versos, em frenesim, formam mundos artificiais
São trechos tecendo a trama de um tempo aditado
Estrofes expostas expondo uma aliteração asfixiante
São silabas convergindo à sombra de um sofrimento sublimado
Um clamor lírico suspenso na inércia
Um verso verbalizando tal sentir apavorado
Ditos paraísos são terras irreais
Desejos químicos desdizendo a mente
Pérfidos risos rindo perdidamente
Júbilos expelindo do desespero a dor
Metafísicos medos de um temor transcendente
Confrontos opondo-se num opulento desencontro
Fulgentes fumos expandem etéreos espaços
Precisamente absurdos, absurdamente divinos
Idealmente ideais
Ditos paraísos são terras surreais
Delírios de loucura irresistível
Volúpias imateriais de convulsa devassidão
Rapsódia de um tédio luminante
Ofuscando
A clarividência é tão insuportável...